No dia de Santo André, Papa escreve ao Patriarca Bartolomeu

Da redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco enviou uma mensagem ao Patriarca Ecumênico e à Igreja Ortodoxa; em mensagem, ele recorda que esteve na Turquia em 2014 celebrando essa liturgia

Nesta segunda-feira, 30, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao Patriarca Ecumênico, Bartolomeu I, e à Igreja Ortodoxa, no dia de Santo André.

“O mundo hoje tem grande necessidade de reconciliação, especialmente depois de tanto sangue derramado nos ataques terroristas. Podemos amparar as vítimas com nossas orações e renovar nosso compromisso com uma paz duradoura, para promover o diálogo entre as tradições religiosas, porque a indiferença e a ignorância recíprocas podem causar apenas desconfiança e, infelizmente, conflitos”, escreve o Pontífice.

Em 2014, o Santo Padre estava na Turquia nesta festa litúrgica, o que relembra nesta carta ao Patriarca: “Passou-se um ano desde que celebramos juntos, na Igreja Patriarcal de Fanar, o dia de Santo André, primeiro apóstolo a ser chamado por Jesus e irmão de São Pedro. A ocasião foi um momento de graça em que pude renovar e aprofundar, na oração comum e no encontro pessoal, as relações de amizade com vocês e com sua Igreja”, recorda o Papa.

Cuidado da criação

O Pontífice prossegue ainda escrevendo que aprecia o compromisso fervoroso de Bartolomeu I, com a questão do cuidado da criação. “Sua sensibilidade e consciência são testemunhos exemplares para os católicos.”

O Santo Padre pede a Bartolomeu que reze pelo Jubileu que está por começar: “É dever da humanidade redescobrir o mistério da misericórdia, a ponte que une Deus e o homem, e abrir o coração à esperança de ser amado para sempre, não obstante o nosso pecado. Foi por este motivo que convoquei um Jubileu extraordinário da Misericórdia, um tempo propício para contemplar a misericórdia do Pai revelado plenamente em seu Filho, Jesus Cristo, e para nos tornarmos um sinal eficaz do amor de Deus através do nosso perdão e de obras recíprocas de misericórdia”.

Francisco prossegue dizendo que é providencial que o aniversário da histórica Declaração conjunta católico-ortodoxa, que removeu as excomunhões de 1054, se verifique às vésperas do Ano da Misericórdia.

Por fim, o Papa pede à Igreja Ortodoxa e a todos os fiéis do Patriarcado Ecumênico que “rezem para que este Jubileu Extraordinário traga os frutos espirituais que tanto desejamos”.