Escolas católicas não devem ser elitistas, exorta Papa
Da redação, com Rádio Vaticano
Foto: L’Osservatore Romano
A escola católica é chamada a favorecer a harmonia das diversidades, afirmou o Papa Francisco
O Papa Francisco recebeu neste sábado, 5, na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 420 membros da Associação Pais de Escolas Católicas (Agesc), por ocasião de seus quarenta anos de fundação.
Em seu discurso, o pontífice destacou a necessidade de “uma educação inclusiva, que abra espaço a todos e não selecione de maneira elitista os destinatários de seu compromisso”.
“Esta associação se coloca a serviço da escola e da família, contribuindo na tarefa delicada de criar pontes entre a escola e o território, entre escola e família, entre escola e instituições civis. Promover a união onde existe divisão, criar harmonia quando parece vencer a lógica da exclusão e da marginalização”, disse Francisco.
Francisco afirmou que os pais são “depositários do dever e do direito primário e irrenunciável de educar os filhos, ajudando nesse sentido, de maneira positiva e constante, a tarefa da escola”. Segundo ele, cabe aos pais o direito de pedir uma educação conveniente para os seus filhos, uma educação integral e aberta aos autênticos valores humanos e cristãos.
“Cabe a vocês fazerem com que a escola esteja à altura da tarefa educacional que lhe é confiada, em particular quando a educação que propõe se expressa como católica. Ser educadores católicos faz a diferença”, disse.
O Santo Padre afirmou que a escola católica deve transmitir uma cultura integral, não ideológica. E frisou que que a escola católica é chamada a favorecer a harmonia das diversidades, e convidou os membros da Associação Pais de Escolas Católicas a fazerem a diferença com a qualidade da formação.
“Saibam distinguir pela atenção constante à pessoa, especialmente aos últimos, quem é descartado, rejeitado e esquecido. Se façam notar não pela fachada, mas por uma coerência educacional arraigada na visão cristã do ser humano e da sociedade. Deem a sua contribuição para que escola católica não se torne uma alternativa insignificante entre as várias instituições educacionais”, concluiu Francisco.