papaPapa: palavras revelam se o cristão é da luz ou das trevas

Da Redação, com Rádio Vaticano
Foto: L’Osservatore Romano

Santo Padre destacou a importância de o cristão pensar na linguagem que utiliza e não se deixar enganar por palavras vazias

Na Missa desta segunda-feira, 27, o Papa Francisco refletiu sobre a importância do exame de consciência sobre as palavras utilizadas pelo cristão. Segundo ele, essa análise faz o cristão entender se ele é da luz, das trevas ou se é um “cristão cinzento”.

Os homens se reconhecem por suas palavras. São Paulo, afirmou o Papa, convidando os cristãos a se comportarem como filhos da luz e não das trevas, faz uma catequese sobre palavra. Segundo ele, há quatro palavras que podem indicar se o cristão é filho das trevas.

“É palavra hipócrita? Um pouco daqui, um pouco de lá para estar bem com todos? É uma palavra vazia, sem substância e cheia de vácuo? É uma palavra vulgar, trivial, isto é, mundana? Uma palavra suja, obscena? Essas quatro palavras não são dos filhos da luz, não vem do Espírito Santo, não vem de Jesus, não são palavras evangélicas”.

Francisco explicou que as palavras dos filhos da luz são aquelas que São Paulo recorda ao destacar a necessidade de imitar Deus, caminhando-O na caridade, na bondade, na mansidão, sabendo perdoar, assim como fez o próprio Senhor.

Ao mesmo tempo em que há cristãos luminosos, que procuram servir o Senhor com essa luz, há cristãos tenebrosos, disse o Papa, que conduzem uma vida de pecado e usam aquelas quatro palavras que são do maligno. Mas há ainda um terceiro grupo de cristãos:

“São os cristãos cinzentos. E estes, uma vez estão deste lado, outra vez do outro (…) Não são nem luminosos nem obscuros (…) ‘Eu sou cristão, mas sem exagerar!’, dizem, e fazem tanto mal, porque o seu testemunho cristão é um testemunho que no fim semeia confusão, semeia um testemunho negativo”.

O Papa pediu que os fiéis não se deixem enganar por palavras vazias, mas sim se comportem como filhos da luz. “Fará bem a nós pensarmos na nossa linguagem e perguntarmo-nos: ‘Sou cristão da luz? Sou cristão do escuro? Sou cristão do cinza?’ E assim podemos dar um passo adiante para encontrar o Senhor”.