Cardeais brasileiros comentam abertura do Sínodo da Família
Por Canção Nova
Começou neste domingo, 5, a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos. Presentes na Missa de abertura presidida pelo Papa Francisco, estavam o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta, que participarão dos trabalhos nas próximas duas semanas.
Esta assembleia sinodal tem como tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Dom Orani disse receber com muita alegria sua participação nesse momento importante da Igreja. Ele enfatizou o que o Papa disse na Missa de hoje, sobre a responsabilidade de cuidar da vinha do Senhor, e comentou suas expectativas para essa reunião dos bispos.
“Amanhã
O trabalho de contribuição para a vinha do Senhor também foi o ponto destacado por Dom Odilo com relação às palavras do Papa na abertura da assembleia. Foi uma fala dirigida a todos os presentes, disse o cardeal, mas de modo particular aos padres sinodais, encarregados de administrar a Igreja. “Está no nosso encargo administrar bem esta parte da vinha do Senhor que é a família”.
No sábado à noite, foi realizada uma vigília no Vaticano para rezar pelo Sínodo, ocasião em que o Papa destacou que a família é contribuição fundamental para uma sociedade justa e solidária. Para o arcebispo de São Paulo, esta afirmação do Papa retrata a realidade mais íntima da família. “A família é uma realidade de amor, de gratuidade, de solidariedade. Estas são as bases da realidade familiar”.
Segundo Dom Odilo, quando estas bases começam a desaparecer, a família começa a entrar em crise. “A Igreja, através da voz do Papa, através da palavra do Sínodo, quer ajudar a família a se reencontrar com as suas bases, com as suas origens”.
Lembrando que domingo foi dia de eleição no Brasil, para os cargos de deputado federal e estadual, senador, governador e presidente da República, Dom Odilo deixou um convite para que os brasileiros votem, cumprindo, assim, este dever cívico.
“Nós temos, naturalmente, uma expectativa a respeito do Brasil, que seja um país sempre mais justo, solidário, menos corrupto, menos violento, que proteja a família e as pessoas mais frágeis. Que os eleitores hoje escolham aqueles que podem realizar este projeto de um Brasil melhor”.