Papa Francisco se encontra com bispos da Ásia

Por Canção Nova

Encontro-bisposTer consciência da identidade cristã e a capacidade de empatia são elementos essenciais para o diálogo, tão importante para a missão da Igreja. Esse foi o centro do discurso do Papa Francisco no encontro com os bispos da Ásia neste domingo, 17. O Pontífice, que segue sua viagem à Coreia do Sul, lançou o olhar sobre a missão da Igreja no continente asiático, advertindo os bispos sobre as tentações do mundo.

O Santo Padre destacou que, para que o diálogo aconteça, é essencial, estar consciente da identidade cristã e ter a capacidade de empatia, ou seja, de abrir a mente e o coração para a pessoa com quem se fala.

Porém, Francisco admite que estas não são tarefas fáceis, tendo em vista as tentações do mundo. O Papa elencou três delas: o relativismo, a superficialidade e a aparente segurança que se esconde em respostas fáceis.

O relativismo, segundo ele, obscurece o esplendor da verdade, enfraquece qualquer identidade. A superficialidade constitui uma tendência de se deixar levar por distrações em vez de se dedicar ao que realmente interessa. Já com relação à aparente segurança que se esconde em respostas fáceis, o Papa lembrou que a fé não se concentra em si mesma, mas procura fazer-se compreender, faz nascer o testemunho.

“Resumindo, é a fé viva em Cristo que constitui a nossa identidade mais profunda. É dela que parte o nosso diálogo e é esta fé que somos chamados a partilhar, de modo sincero, honesto e sem presunção, por meio do diálogo da vida quotidiana, do diálogo da caridade e em todas as ocasiões mais formais que possam surgir”.

O Santo Padre se concentrou ainda em outro elemento da identidade cristã: a fecundidade, que é a capacidade de produzir frutos de justiça, bondade e paz. Nesse ponto, Francisco perguntou aos bispos se os programas de pastoral realmente estão refletindo essa identidade cristã.

Concluindo seu discurso, Francisco falou da capacidade de empatia, cujo desafio é não se limitar a ouvir o que os outros falam, mas abrir mente e coração para suas experiências, dificuldades, aspirações. Essa capacidade possibilita o verdadeiro diálogo humano, o que Francisco espera que aconteça nos países do continente asiático.

“Num tal espírito de abertura aos outros, espero firmemente que os países do vosso Continente, com os quais a Santa Sé ainda não tem plenas relações, não hesitarão em promover um diálogo para benefício de todos”.