concilioCardeal de São Paulo comenta os frutos do Concílio Vaticano II

Por Gaudium Press com Arquidiocese de São Paulo

O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, escreveu recentemente um artigo onde destaca a realização da Assembleia Geral da CNBB, que comemora ainda os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II.

“Durante a Assembleia Geral da CNBB deste ano, aberta em Aparecida no dia 15 de abril, haverá uma sessão comemorativa dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Será para destacar os frutos mais relevantes do Concílio na vida e na missão da Igreja, nestes 50 anos, e para dar graças a Deus pelo bem que o Concílio já trouxe.”

Segundo Dom Odilo, o “primeiro fruto foi, sem dúvida, o clima novo de interesse, entusiasmo e confiança despertado na Igreja, o entrosamento do episcopado e sua comunhão com o Sucessor de Pedro”, que foi amadurecido por meio de 16 documentos conciliares, entre eles, quatro Constituições, nove Decretos e três Declarações, “que representam um trabalho imenso da Igreja e o esforço dos seus Pastores para dar orientações para a Igreja, conforme as circunstâncias novas”.

“O Sínodo é expressão da colegialidade e da comunhão com o Papa, do episcopado inteiro e da sua solicitude por todas as Igrejas, como quis o Concílio (…) o Sínodo vem retomando os grandes temas do Concílio, atualizando sua reflexão e dando novas orientações à Igreja. As Exortações Apostólicas pós-sinodais são a explicitação das orientações do Concílio”, explicou.

O purpurado afirmou ser inegável que por meio do “sopro renovador do Espírito Santo”, conseguimos observar “uma grande movimentação para renovar e atualizar a vida da Igreja, em todos os seus aspectos”, sejam eles na liturgia, na teologia, na organização pastoral, na catequese, na formação dos ministros da Igreja e do povo de Deus, além, é claro, nas mais variadas formas de fomentar o diálogo com o mundo, sendo que “os efeitos dessa renovação foram mais perceptíveis nas dioceses”.

Para Dom Odilo, a renovação litúrgica suscitada pela Sacrosanctum Concilium auxiliou na participação do povo na celebração dos divinos mistérios.

“Foram enormes os esforços para formar o clero para os novos tempos da Igreja; quanta transformação nos Seminários! Quantas mudanças no modo de os padres exercerem sua missão pastoral! Também o rosto da Vida Consagrada foi profundamente transformado”, ressaltou.

Os frutos expressivos, colhidos do Concílio Vaticano II, do novo Código de Direito Canônico, do Catecismo da Igreja Católica e da renovação dos Rituais dos Sacramentos, do Missal, do Lecionário e da Liturgia das Horas, são tidos pelo Cardeal como resultados expressivos para a renovação da Fé católica.

“As árvores mudam de aspecto ao longo das estações do ano, sem deixarem de ser elas mesmas. Assim também acontece com a Igreja de Cristo: o Concílio trouxe uma nova primavera: alguns frutos já amadureceram; outros ainda são esperados e vão aparecer com o passar do tempo, contando com a graça de Deus, nosso cultivo perseverante e com a paciência da fé e da esperança”, finalizou Dom Odilo. (LMI)