cdm01Casa do Divino Mestre recebe primeira hóspede

Jornal Sal da Terra 165, maio de 2014

Na primeira quinzena de março de 2014, após o Tríduo de São José, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida abriu as portas da Casa do Divino Mestre para sua missão: acolher pessoas carentes vindas do interior do Estado em tratamento de saúde em Natal. “Até então, não tínhamos recebido nenhum hóspede. Estávamos ansiosos para ver quem seria o primeiro a inaugurar as instalações, cuidadas com tanto amor e carinho pela nossa comunidade”, relata a administradora da Casa, Ângela Trindade.

“Essa Casa é um pedacinho do céu aqui na terra.”

No último dia 07 de maio, tivemos a honra de receber nossas primeiras hóspedes, vindas da região do auto-oeste, de Almino Afonso. Lidiana Rodrigues da Silva chegou à Natal para dá andamento ao tratamento renal, que faz há 26 anos no Hospital Onofre Lopes, e aproveitou as instalações da Casa do Divino Mestre para se hospedar no tempo em que estive em Natal. Junto com ela, veio a sua irmã “Branquinha” (como gosta de ser chamada) para acompanhá-la durante o tratamento, já que está também com problemas cardíacos e não pode andar sozinha. Ambas ficaram admiradas com a estrutura da Casa e com o acolhimento que receberam. “Essa Casa é um pedacinho do céu aqui na terra.”, disse Lidiana com o sorriso no rosto.

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Ela tomou conhecimento da Casa por meio de uma reportagem que assistiu no RNTV e depois ouviu na paróquia a qual faze parte e serve na Pastoral da Liturgia. Diante da situação, levou o problema até o pároco, Pe. George Lourenço, que imediatamente entrou em contato com Pe. Nunes, enviou uma autorização e o problema foi resolvido.

“A Casa acolhe todos os tipos de pessoas, independente de religião ou crença. Só pedimos uma autorização de um padre, um médico, um pastor, ou alguém que direcione melhor o paciente, para que não se transforme em uma hospedaria para as pessoas do interior do Estado”, esclarece Pe. Nunes.

Além da hospedagem, da alimentação e do bem-estar do hóspede, a Casa dispõe de uma ambulância para acompanhar o paciente durante todo o tratamento em Natal. “Antes, eu tinha que pegar ônibus e às vezes até um taxi para chegar ao hospital. Com isso, só aumentava o custo das despesas com o tratamento, que não é nada barato”, comentou Lidiana. “Aqui nós temos uma sala confortável para assistir televisão, os quartos são bem arejados, a comida muito gostosa, uma capela para fazermos nossos momentos de reflexão e o melhor de tudo: o amor humano. De Ângela, que nos recebeu, à cozinheira, o zelador, todos são pessoas do bem. Nos tratam como se fôssemos da família deles”. Emocionada com a nossa presença, Lidiana agradece: “Nós só temos que agradecer primeiramente a Deus, à Pe. Nunes, nosso conterrâneo, e a comunidade da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, por essa bênção na vida de quem mora no interior e precisa de tratamento em Natal. As pessoas tem receio e acham que é uma dificuldade muito grande chegar à Casa. Quando falei com Pe. George, as coisas se resolveram da noite pra o dia. Portanto, acreditem, tenham fé e usufruam daquilo que Deus nos oferece gratuitamente”, conclui Lidiana.