No Sri Lanka, Papa Francisco visitou templo budista
Da Redação, com Rádio Vaticano
Foto: L’Osservatore Romano
Padre Lombardi fez um balanço da viagem papal ao Sri Lanka, que teve visita a templo budista, encontro com o ex-presidente e abraço aos bispos locais
Nesta quinta-feira, 15, antes de se despedir do Sri Lanka e partir para as Filipinas, o Papa Francisco visitou a Capela dedicada a “Nossa Senhora de Lanka” em Bolawalana. Um compromisso que não estava previsto, mas que foi realizado, foi a visita a um templo budista, conforme informou em entrevista o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
O sacerdote contou que, no aeroporto, Francisco havia encontrado um representante das organizações budistas, que manifestou o desejo de se encontrar com o Papa. Aproveitando um tempo livre, na tarde desta quarta-feira, 14, o Santo Padre fez uma rápida visita ao centro, onde há o templo e a sala religiosa de oração dessa comunidade budista.
“Foi acolhido
Encontro do Papa com o ex-presidente
Outro momento significativo que foi acrescentado ao programa original da viagem foi a visita de cortesia ao ex-presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, já que foi ele quem convidou o Santo Padre para ir ao país.
“Uma visita de cortesia, muito simples, breve, mas que dá um sentido também de harmonia, de serenidade pelo fato de esta mudança provavelmente não ter sido prevista por muitos. E essa mudança deu-se de modo tão pacífico e tão respeitoso, que é um sinal certamente de maturidade também para a democracia e para o país do Sri Lanka e de seus responsáveis. Portanto, creio que este encontro tenha sido um elemento para a população do Sri Lanka que, em grande parte, também votou para este presidente. Um sinal positivo.”
O abraço com os bispos
Como na terça-feira, 13, Francisco não foi à residencial arquiepiscopal de Colombo devido ao cansaço da viagem, ele se encontrou com os bispos do Sri Lanka no fim da tarde de ontem.
Segundo padre Lombardi, o Papa quis recuperar o compromisso perdido com um ato de amizade e simpatia. “Na realidade, os bispos estavam voltando de Madhu, do norte do país, e tinham partido tarde e já estava meio escuro, com isso chegaram atrasados. Desta vez, foram eles que fizeram o Papa esperar… Foi um encontro breve, mas cordial e simpático”.
Fazendo um balanço da viagem papal ao Sri Lanka, padre Lombardi considerou que o Pontífice deu uma contribuição muito maior do que se podia imaginar.
“Ajudado também por uma circunstância de certo modo inesperada, que é o fato de que estas eleições temidas foram realizadas na paz; e com a mudança, abriram esperanças que levam a pensar que também na vida concreta desta sociedade, estas mensagens, estas palavras do Papa de reconciliação, de construção comum de uma nova sociedade reconciliada, possam tornar-se realidade”, concluiu.