encontroPapa recebe bispos do Zimbábue: “conduzir à unidade”

Segunda-feira, 2 de junho de 2014

Bispos africanos foram recebidos em visita ad limina; Francisco exortou pastores a conduzirem e encorajarem os fiéis

Jéssica Marçal, da Redação

O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira, 2, os bispos da Conferência Episcopal do Zimbábue, em visita ad limina. Ele pediu que os pastores guiem o povo com ternura rumo à unidade e à cura das feridas que já marcaram a história do país.

Aos bispos, ele manifestou o agradecimento pelo testemunho dado pela Igreja no Zimbábue. O Santo Padre recordou as situações de dificuldade que o povo do país já sofreu, destacando em tais situações a atuação do ministério dos bispos, que deu voz principalmente aos oprimidos e refugiados.

Diante das situações de conflitos, o Papa exortou o colégio episcopal a atuar como condutor do povo, levando-o com ternura à unidade. “É um povo feito de negros e brancos, alguns ricos, mas a maioria pobre, de numerosas tribos; os seguidores de Cristo pertencem a todos os partidos políticos, alguns em posições de autoridade, muitos não. Mas juntos como um único Povo Peregrino de Deus, eles precisam de conversão e cura”.

Francisco destaca que embora a fidelidade do povo do Zimbábue já seja um bálsamo nessas feridas, ainda há muitas pessoas que atingiram seu limite humano e não sabem para onde voltar. Então o Papa pediu que os bispos encorajem os fiéis para que nunca percam de vista o modo como Deus está ouvindo e atendendo às suas súplicas.

“Nesse tempo pascal, em que a Igreja em todo o mundo celebra a vitória de Cristo sobre o poder do pecado e da morte, o Evangelho da ressurreição que lhes é confiado para proclamarem deve ser claramente pregado e vivido no Zimbábue”.

O Papa também pediu que os bispos encorajem os fiéis a renovarem seu encontro pessoal com o Senhor Ressuscitado e a voltarem aos sacramentos, especialmente à Reconciliação e à Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã.

Encerrando seu discurso, o Pontífice manifestou suas orações para que os bispos voltem para casa fortalecidos na união fraterna. “Talvez vocês deixem esse encontro com o Sucessor de Pedro mais determinados em dar tudo a serviço da Palavra, de forma que os católicos no Zimbábue possam ser cada vez mais o sal da África e luz no mundo”.