Possível descobrimento de manuscrito mais antigo do Evangelho

Por Gaudium Press

manuscritoO Professor Craig Evans (foto), dos Estudos do Novo Testamento da Acadia Divinity College de Wolfville, Canadá, revelou ao informativo Live Science o que poderia ser o descobrimento do manuscrito mais antigo dos Evangelhos. Enquanto que os fragmentos certificados de maior antiguidade datam do século II, a peça encontrada poderia corresponder ao ano 90 ou inclusive antes. Os dados específicos ainda se mantêm em reserva, e segundo o investigador, que faz parte de um grupo de vários especialistas que trabalham sobre peças arqueológicas privadas, se publicarão os resultados durante 2015.

“Estamos recuperando documentos antigos dos séculos primeiro, segundo e terceiro. Não só documentos mundanos, cartas pessoais”, afirmou Evans. A técnica é a de desfazer máscaras de múmias que se elaboravam pegando peças de papiro, empregando técnicas para não arruinar a tinta original no processo. Entre os textos encontrados, os especialistas reconheceram o que seria um fragmento do Evangelho segundo São Marcos e que poderia constituir o manuscrito de maior antiguidade.

Ainda que a técnica tenha suscitado polêmica porque implica na destruição das máscaras, o especialista afirmou que as peças privadas nas quais se aplicaram não constituem exemplares de qualidade que poderiam exibir-se em museus. Em seu lugar se recuperariam numerosos documentos de grande valor histórico. “De uma só máscara não é raro recuperar uma dúzia ou inclusive mais”, assegurou Evans. “Vamos terminar com várias centenas de papiros quando o trabalho conclua”, antecipou.

Enquanto não se revelem os resultados e métodos empregados, a comunidade científica não pode avaliar ainda o descobrimento, que segundo Evans corresponde ao ano 90 segundo uma análise combinada de uma prova de caborno 14, a análise da escritura e os documentos que se encontraram junto ao manuscrito. O professor esclareceu que ao tratar-se de uma peça de coleção privada, os papiros encontrados seguem sendo propriedade de quem possui atualmente a máscara. Um contrato de confidencialidade impediria a Evans de revelar mais dados sobre o manuscrito e seu proprietário.