Papa pede “anticorpos” contra a cultura do descarte

Da Redação, com Rádio Vaticano

Na visita a Turim, Papa visitou doentes e pediu que se desenvolvam anticorpos para combater a cultura do descarte

Em sua visita a Turim neste domingo, 21, o Papa Francisco teve um encontro com os doentes e portadores de necessidades especiais da cidade. Na Igreja de Cottolengo, Francisco voltou a descartar a cultura do descarte, que faz vítimas como os idosos atendidos pela Pequena Casa da Providência, em Turim. Ele pediu que haja “anticorpos” para combater esse fenômeno.

Essa cultura é fruto, segundo o Papa, de uma crise antropológica que não coloca o homem no centro, mas o consumo e os interesses econômicos. O Papa ressaltou que a longevidade nem sempre é vista como um dom de Deus, mas muitas vezes como um peso difícil de sustentar, sobretudo quando a saúde é fortemente comprometida. E este comportamento faz mal à sociedade, afirmou.

“O nosso dever é desenvolver ‘anticorpos’ contra este modo de considerar os idosos, ou as pessoas com deficiências, como se fossem vidas não dignas de serem vividas. Que o exemplo de Cottolengo, que amou estas pessoas nos ensine a olhar com outros olhos para a vida e a pessoa humana”

Francisco lembrou que os doentes são membros preciosos da Igreja, são a carne de Cristo Crucificado que a Igreja tem a honra de tocar e servir com amor.

São José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786. Foi ordenado sacerdote na Diocese de Turim. Fundou a Congregação religiosa da Pequena Casa da Divina Providência e as Damas da Caridade ou Cotolenguinas, com a finalidade de servir os pequeninos, os deficientes e os doentes.

Os fundos deveriam vir apenas das doações e da ajuda das pessoas simples. Padre José Benedito Cotolengo tinha como lema “caridade e confiança”: fazer todo o bem possível e confiar sempre em Deus. Comprou uma hospedaria abandonada na periferia da cidade e a reabriu com o nome de “Pequena Casa da Divina Providência”.