foto_aparecidaMinha experiência em Aparecida: o início de um sonho bom

Fiz uma longa viagem até chegar à cidade de Aparecida, no interior de São Paulo. Percorri muitos quilômetros, mas valeu a pena. Valeu ter sonhado tanto, pois a realização desse sonho foi muito além daquilo que eu havia pensado. Durante três dias visitei os lugares que atraem milhões de pessoas do mundo inteiro. Pessoas que vêm em busca de um milagre, da paz interior, da cura de suas feridas, ou apenas querem entrar na “casa da Mãe”. Sim, é exatamente essa a sensação ao chegar à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, estar na casa da sua mãe.

Mesmo diante da imponência daquele Santuário, a simplicidade de Nossa Senhora chega ao nosso coração. Essa simplicidade que está por toda parte. Uma cidade de interior que recebe tanta gente, mas que não perde o jeito “brejeiro” de tratar seus visitantes. Lá ninguém se importa se você está bem vestido, qual a sua profissão, de onde você vem. Mas todos querem te apontar para uma única direção: o coração da Mãe de Deus.

A história da aparição da imagem da Imaculada Conceição nas águas do Rio Paraíba do Sul é contada em todos os lugares por onde a gente passa. Mais do que isso, é vivida naquela cidade. Tive a graça de navegar pelo Rio, exatamente onde os pescadores a encontraram. Primeiro, ao jogarem as redes, eles acharam apenas um corpo de uma imagem escura. Muitos metros adiante jogaram mais uma vez e a cabeça daquela imagem se agarrou na rede. Coincidência? Como nos disse o guia do local, não poderia ser por acaso. Maria, de fato, queria que aquela imagem fosse encontrada.

Mesmo aqueles que não acreditam nessa história ficam paralisados diante da imagem de Nossa Senhora. Porque mesmo sendo simples, tudo em Aparecida é forte. O amor de Maria por nós é forte, a presença do Espírito Santo de Deus é forte. Forte é, também, a certeza que Jesus habita naquele lugar. Nada do que disserem sobre a sensação de estar no Santuário Nacional de Aparecida será capaz de descrever o verdadeiro sentimento. Até mesmo as lágrimas que caem do nosso rosto não explicam o que se passa no nosso coração. É a graça de Deus.

A alegria e a dor se misturam naquele lugar. Tanta gente levando suas doenças, as de seus familiares. Tantos em busca da libertação de um vício, da conquista de um emprego, da reconciliação com alguém que ama. Ao mesmo tempo, tanta gratidão. Muitos estão lá de joelhos para pedir, mas tantos outros estão com os braços estendidos agradecendo a Deus o milagre por intercessão da Virgem Aparecida.

Ainda quero voltar lá outro dia. Quero sentir aquele amor, aquela paz, aquela alegria muitas e muitas vezes. Quero renovar a minha fé diante daquela que disse “SIM” a Deus. Que é o grande modelo de amor e adoração a Jesus Cristo. Quero matar a saudade daquele som que toca dentro de nós ao cruzar as portas da Basílica, sentir de novo aquele vento circulando em torno de mim como se fosse me levantar do chão. Sei que Maria está aqui, sempre perto de mim. Mas sei também que aquele lugar tem algo mais do que especial. Tem a marca dela.

“Independentemente do dito dos teólogos, independentemente das investigações dos antropólogos, deve sempre imperar o respeito pelo ser humano, pelos seus sentimentos, pela sua fé, por mais absurdas e simplistas que nos possam parecer. Pois digam o que disserem, afirmem o que afirmarem, para além de todas as teorias, para além de todas as descobertas, para além de todas as teses, Maria vive e prospera no mais fundo da alma de milhões de pessoas, e não há ciência, não há raciocínio, não há lógicas que façam calar a voz milhares de fiéis”.